Viajar com crianças não é uma tarefa fácil. Mas certamente é muito prazeiroso e viajar é preciso; filhos não são desculpa para cancelar passeios em família. A única questão é que exige muito mais planejamento que uma viagem somente de adultos, então é preciso ficar atento para os pontos mais importantes. Quem vai de carro, precisa de estratégias, jogos e brincadeiras para entreter os pequenos. Nas viagens muito longas de avião, mesmo que a criança durma bem, é preciso pensar também em entretenimento e na questão da alimentação – até pra evitar que ela fique chorando e cause constrangimento com os outros passageiros.
Levar brinquedinhos ou jogos da criança também ajuda nos momentos de monotonia ou insatisfação: um bichinho de pelúcia, ou um livrinho para pintar, ou até um gibi para os maiorzinhos. Para quem viaja de carro, vale jogar com as letras do alfabeto, apontar ou contar objetos que vê pela estrada, adivinhar a cor do carro que vai passar ao lado e outras coisas do gênero, para mantê-las entretidas.
Antes de viajar com crianças sempre é bom recorrer às histórias infantis que façam referência aos lugares visitados. Minha amiga Alcione, que viajou recentemente com sua pequena Alice, de 5 anos, aproveitou clássicos como: Aristogatas, Anastácia, Ratatouille, O Corcunda de Notre Dame e A Bela e a Fera, este último como referência à França e não Paris propriamente dita.
Para a petite Alice, a história sobre O Corcunda de Notre Dame foi bastante motivadora para a visita da Notre Dame. Subir na torre e ver os sinos e os gárgulas que permeam a catedral foi um passeio feito com muito entusiasmo.
A criança tem ritmo e interesse muito particulares, portanto, não adianta desembestar nos museus pra ver tudo em pouco tempo. A visita a um museu como o Louvre deve focar alas condizentes com o universo de uma criança. Por exemplo, a Monalisa anteriormente vista num episódio da Pantera Cor-de-Rosa; as múmias egípicias que fizeram tanto sucesso no filme A Múmia. Outro fator importante, crianças com orientação católica prestam atenção às pinturas com temas religiosos.
Mesclar a visita a um museu com um passeio a um jardim é uma ótima maneira de juntar informação cultural com prazer e relax.
O Beaubourg tem aquela maravilhosa fonte da Niki numa lateral e o acervo colorido chama muito atenção. O museu Rodin é, ao mesmo tempo, museu e jardim. A petite Alice adorou sentar-se lá fora diante das obras. Outra excente dica de Alcione é o espaço Dali em Montmartre. Suas obras não tomam muito tempo e chamam muito a atenção das crianças. Só o precinho que não é nada camarada para os adultos - 10 euros. Mas lembrem-se que as crianças pequenas não pagam – eba!!!!
O Jardin du Luxembourg, além de lindo, possui um parquinho com brinquedos de madeira diferenciados e funciona até às 19:00h. O parquinho é pago, mas o jardim é gratuito e é equipado com banheiros. O parque fecha às 20:00h, ao menos em setembro.
No Paris Plages, como é conhecida a transformação anual de um trecho do rio Sena em praia artificial, se estabelece entre a Pont des Arts e a Pont de Sully, de 8h à meia-noite, até 20 agosto de 2009, existem várias atividades de lazer que incluem os percursos de acrobacias dedicados às crianças de 3 a 7 anos.
As praias artificiais criadas nas margens do rio Sena na região central de Paris e no Bassin de la Villette, lago artificial construído na zona nordeste da cidade, vêm sendo um sucesso retumbante desde que foram lançadas em 2002 pelo prefeito de Paris, Bertrand Delanoe.
Além da areia e das vistas da arquitetura do centro parisiense, a Paris Plage oferece oportunidades para a prática de esportes para adultos como esgrima, taï-chi, ping-pong, ginástica, pétanque; para crianças, box, luta, beisebol, tênis, badminton; e atividades de lazer como biblioteca, cursos de dança de salão, sem falar nos festivais de música nos fins de semana.
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